terça-feira, 12 de abril de 2011

LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO



Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos


MOVIMENTO PENTECOSTAL - As doutrinas de nossa fé

Comentários da revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva



TEXTO ÁUREO


"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16).



VERDADE PRÁTICA


O ESPÍRITO SANTO é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é DEUS.



LEITURA DIÁRIA


Segunda - Gn 1.2,26 - O ESPÍRITO SANTO na criação

Terça - Gn 41.38,39 - O ESPÍRITO SANTO na era patriarcal

Quarta - Jz 3.10; 6.34 - O ESPÍRITO SANTO no tempo dos juízes

Quinta - Jo 14.16,17 - O ESPÍRITO SANTO como a promessa do Pai à Igreja

Sexta - JI 2.28,29 - O ESPÍRITO SANTO e a promessa no AT de sua efusão

Sábado - At 2.1-4 - O ESPÍRITO SANTO no Pentecostes



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.16, 17, 26; 6.13- 15

João 14

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 - o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 26 - Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

14.16 O CONSOLADOR. JESUS chama o ESPÍRITO SANTO de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas de espécie diferente. Noutras palavras, o ESPÍRITO SANTO dá prosseguimento ao que CRISTO fez quando na terra.

(1) JESUS promete enviar outro Consolador. O ESPÍRITO SANTO, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto CRISTO tinha feito por eles, enquanto estava com eles. O ESPÍRITO estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14. 30,31), prover a direção certa para suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre.

(2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor JESUS em 1 Jo 2.1. JESUS, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto que o ESPÍRITO SANTO é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,26; 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; 2 Tm 1.14).

14.17 HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS. CRISTO declara que o ESPÍRITO SANTO habitava agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria "em vós". A promessa do ESPÍRITO SANTO para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de CRISTO, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (ver Jo 20.22). A seguir, CRISTO lhes ordenou a aguardarem uma outra experiência no ESPÍRITO SANTO, que lhes daria grande poder para testemunhar. "Mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias... recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós" (At 1.5,8; 2.4).

João 16

13 - Mas, quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

15 - Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

16.13 ELE VOS GUIARÁ EM TODA A VERDADE. A obra do ESPÍRITO SANTO quanto a convencer do pecado não concerne somente ao incrédulo (vv. 7,8), mas também ao crente e à igreja, ensinando, corrigindo e guiando na verdade (Mt 18.15; 1 Tm 5.20; Ap 3.19).

(1) O ESPÍRITO SANTO falará ao crente concernente ao pecado, a justiça de CRISTO e ao julgamento da maldade com vistas a:

(a) conformar o crente a CRISTO e aos seus padrões de justiça (cf. 2 Co 3.18);

(b) guiá-lo em toda verdade (v. 13); e

(c) glorificar a CRISTO (v. 14).

Deste modo, o ESPÍRITO SANTO opera no crente para reproduzir no seu viver a vida santa de CRISTO.

(2) Se o crente cheio do ESPÍRITO SANTO rejeita a sua direção e sua operação de convencer do pecado, e se o crente não mortifica as obras da carne mediante o ESPÍRITO SANTO, morrerá espiritualmente (Rm 8.13a). Somente os que recebem a verdade e são "guiados pelo ESPÍRITO de DEUS" são filhos de DEUS (Rm 8.14), e assim podem continuar na plenitude do ESPÍRITO SANTO (ver Ef 5.18). O pecado arruína a vida espiritual e igualmente a plenitude do ESPÍRITO SANTO no crente (Rm 6.23; 8.13; Gl 5.17; cf. Ef 5.18; 1 Ts 5.19).

16.14 HÁ DE RECEBER DO QUE É MEU. O ESPÍRITO toma o que é de CRISTO e o revela ao crente. Isto quer dizer que Ele lança mão da presença, amor, perdão, redenção, santificação, vida, poder, dons espirituais, cura e de tudo o mais que nos pertence pelo nosso relacionamento com CRISTO mediante a fé e torna reais estas bênçãos em nossa vida. Por meio do ESPÍRITO, JESUS volta a nós para nos revelar seu amor, graça e comunhão pessoal (cf. 14.16-23). O ESPÍRITO opera em nós para despertar e aprofundar nossa consciência da presença de JESUS em nossa vida e atrai nosso coração a Ele em fé, amor, obediência, comunhão, adoração e louvor.





PALAVRAS-CHAVE - ESPÍRITO SANTO: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos] Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.



INTERAÇÃO

Caro professor, inicie a primeira aula deste trimestre explicando aos alunos que vamos estudar a respeito dos fundamentos da fé pentecostal. Diga que o Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes, quando o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre a Igreja (At 2.2). Desde então a chama do ESPÍRITO SANTO tem se mantido acesa nos corações de muitos crentes ao longo dos anos. Ela chegou ao Brasil com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Não podemos deixar que esta chama se apague!

Fale também a respeito do comentarista, Pr. Elienai Cabral - conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e

também da Casa de Letras Emílio Conde. Que DEUS abençoe ricamente a sua vida e a de seus alunos.



OBJETIVOS DA LIÇÃO - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer os principais pontos da doutrina bíblica do ESPÍRITO SANTO.

Explicar o que é a aseidade do SANTO ESPÍRITO.

Saber que o ESPÍRITO SANTO tem personalidade.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o esquema da página seguinte para introduzir o tópico I. Faça a exposição panorâmica da doutrina do ESPÍRITO SANTO, informando suas principais atribuições no tempo atual. Explique que o ESPÍRITO SANTO é um Ser pessoal que busca relacionar-se com o homem. No desenvolvimento deste relacionamento, o ESPÍRITO SANTO protagoniza o papel de condutor da Igreja. Sob Sua direção, a Igreja caminha na "estrada" da Graça de DEUS buscando ser a principal testemunha de JESUS CRISTO de Nazaré. Boa Aula!



JESUS E O ESPÍRITO SANTO


Lc 11.13: “Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem?”



JESUS tinha um relacionamento especial com o ESPÍRITO SANTO, relacionamento este importante para nossa vida pessoal. Vejamos as lições práticas desse relacionamento.



AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO. Várias das profecias do AT sobre o futuro Messias afirmam claramente que Ele seria cheio do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Is 11.2; 61.1-3).

Quando JESUS leu Is 61.1,2 na sinagoga de Nazaré, acrescentou: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (4.18-21; ver Jo 3.34b).



O NASCIMENTO DE JESUS. Tanto Mateus quanto Lucas declaram de modo específico e inequívoco que JESUS veio a este mundo como resultado de um ato milagroso de DEUS. Foi concebido mediante o ESPÍRITO SANTO e nasceu de uma virgem, Maria (Mt 1.18,23; Lc 1.27). Devido à sua concepção milagrosa, JESUS era um “santo” (1.35), i.e., livre de toda mácula do pecado. Por isto, Ele era digno de carregar sobre si a culpa dos nossos pecados e expiá-los (ver Mt 1.23). Sem um Salvador perfeito e sem pecado, não poderíamos jamais obter a redenção.



O BATISMO DE JESUS. Quando JESUS foi batizado por João Batista, Ele, que posteriormente batizaria seus discípulos no ESPÍRITO, no Pentecoste e durante toda a era da igreja (ver Lc 3.16; At 1.4,5; 2.33,38,39), Ele mesmo pessoalmente foi ungido pelo ESPÍRITO (Mt 3.16,17; Lc 3.21,22). O ESPÍRITO veio sobre Ele em forma de uma pomba, dotando-o de grande poder para levar a efeito o seu ministério, inclusive a obra da redenção. Quando nosso Senhor foi para o deserto depois do seu batismo, estava “cheio do ESPÍRITO SANTO” (4.1). Todos os que experimentarem o sobrenatural renascimento espiritual pelo ESPÍRITO SANTO, devem, como JESUS, experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO, para lhes dar poder na sua vida e no seu trabalho (ver At 1.8).



A TENTAÇÃO DE JESUS POR SATANÁS. Imediatamente após o batismo, JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias (4.1,2). Foi pelo fato de estar cheio do ESPÍRITO SANTO (4.1) que JESUS conseguiu resistir firmemente a Satanás e vencer as tentações que lhe foram apresentadas. Da mesma maneira, a intenção de DEUS é que nunca enfrentemos as forças espirituais do mal e do pecado sem o poder do ESPÍRITO. Precisamos estar equipados com a sua plenitude e obedecer-lhe a fim de sermos vitoriosos contra Satanás. Um filho de DEUS propriamente dito deve estar cheio do ESPÍRITO e viver pelo seu poder.



O MINISTÉRIO DE JESUS. Quando JESUS fez referência ao cumprimento da profecia de Isaías acerca do poder do ESPÍRITO SANTO sobre Ele, usou também a mesma passagem para sintetizar o conteúdo do seu ministério, a saber: pregação, cura e libertação (Is 61.1,2; Lc 4.16-19). (1) O ESPÍRITO SANTO ungiu JESUS e o capacitou para a sua missão. JESUS era DEUS (Jo 1.1), mas Ele também era homem (1Tm 2.5). Como ser humano, Ele dependia da ajuda e do poder do ESPÍRITO SANTO para cumprir as suas responsabilidades diante de DEUS (cf. Mt 12.28; LC 4.1,14; Rm 8.11; Hb 9.14). (2) Somente como homem ungido pelo ESPÍRITO, JESUS podia viver, servir e proclamar o evangelho (At 10.38). Nisto, Ele é um exemplo perfeito para o cristão; cada crente deve receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO (ver At 1.8; 2.4).



A PROMESSA DE JESUS QUANTO AO ESPÍRITO SANTO. João Batista profetizara que JESUS batizaria seus seguidores no ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16, ver Jo 1.33), profecia esta que o próprio JESUS reiterou (At 1.5; 11.16). Em 11.13, JESUS prometeu que daria o ESPÍRITO SANTO a todos quantos lhe pedissem. Todos estes versículos acima referem-se à plenitude do ESPÍRITO, que CRISTO promete conceder àqueles que já são filhos do Pai celestial — promessa esta que foi inicialmente cumprida no Pentecoste (ver At 2.4) e permanece para todos que são seus discípulos e que pedem o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5; 2.39).



A RESSURREIÇÃO DE JESUS. Mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, JESUS ressuscitou dentre os mortos e, assim, foi vindicado como o verdadeiro Messias e Filho de DEUS. Em Rm 1.3,4 lemos que, segundo o ESPÍRITO de santificação (i.e., o ESPÍRITO SANTO), CRISTO JESUS foi declarado Filho de DEUS, com poder, e em Rm 8.11 que “o ESPÍRITO... ressuscitou dos mortos a JESUS”. Assim como JESUS dependia do ESPÍRITO SANTO para sua ressurreição dentre os mortos, assim também os crentes dependem do ESPÍRITO para a vida espiritual agora, e para a ressurreição corporal no porvir (Rm 8.10,11).



A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU. Depois da sua ressurreição, JESUS subiu ao céu e assentou-se à destra do Pai como seu co-regente (24.51; Mc 16.19; Ef 1.20-22; 4.8-10; 1Pe 3.21,22). Nessa posição exaltada, Ele, da parte do Pai, derramou o ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo no Pentecoste (At 2.33; cf. Jo 16.7-14), proclamando, assim, o seu senhorio como rei, sacerdote e profeta. Esse derramamento do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste e no decurso desta era presente dá testemunho da contínua presença e autoridade do Salvador exaltado.



A COMUNHÃO ÍNTIMA ENTRE JESUS E SEU POVO. Como uma das suas missões atuais, o ESPÍRITO SANTO toma aquilo que é de CRISTO e o revela aos crentes (Jo 16.14,15). Isto quer dizer que os benefícios redentores da salvação em CRISTO nos são mediados pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Rm 8.14-16; Gl 4.6). O mais importante é que JESUS está bem perto de nós (Jo 14.18). O ESPÍRITO nos torna conscientes da presença pessoal de JESUS, do seu amor, da sua bênção, ajuda, perdão, cura e tudo quanto é nosso mediante a fé. Semelhantemente, o ESPÍRITO atrai nosso coração para buscar ao Senhor com amor, oração, devoção e adoração (ver Jo 4.23,24; 16.14).



A VOLTA DE JESUS PARA BUSCAR SEU POVO. JESUS prometeu voltar e levar para si o seu povo fiel, para estar com Ele para sempre (veja Jo 14.3; 1Ts 4.13-18). Esta é a bendita esperança de todos os crentes (Tt 2.13), o evento pelo qual oramos e ansiamos (2Tm 4.8). As Escrituras revelam que o ESPÍRITO SANTO impulsiona nosso coração a clamar a DEUS pela volta do nosso Senhor. É o ESPÍRITO quem testifica que nossa redenção permanece incompleta até a volta de CRISTO (cf. Rm 8.23). No final da Bíblia, temos estas últimas palavras que o ESPÍRITO SANTO inspirou “Ora, vem, Senhor JESUS” (Ap 22.20).



A REGENERAÇÃO

Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”



Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12).

(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).

(5) Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).

(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).

(7) Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).

(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).



A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO.”



A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.

(1) Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17). JESUS agora cumpre aquela promessa.

(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).

(3) O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).

(4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17). Foi, também, ness ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).

(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.

(6) Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39).

(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.



O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Jl 2.28,29 "E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne,e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO."



O ESPÍRITO SANTO é a terceira pessoa do DEUS Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de JESUS e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do ESPÍRITO SANTO.

TERMO EMPREGADO. A palavra hebraica para “ESPÍRITO” é ruah que, às vezes, é traduzida por “vento” e “sopro”. Sendo assim, as referências no AT ao sopro de DEUS e ao vento da parte de DEUS (e.g., Gn 2.7; Ez 37.9,10,14) também podem referir-se à obra do ESPÍRITO de DEUS.



A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO. A Bíblia descreve várias atividades do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento.

(1) O ESPÍRITO SANTO desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que “o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de DEUS desse forma ao mundo. Tanto o Verbo de DEUS (i.e., a segunda pessoa da Trindade) quanto o ESPÍRITO de DEUS, foram agentes na criação (ver Jó 26.13; Sl 33.6). O ESPÍRITO também é o autor da vida. Quando DEUS criou Adão, foi indubitavelmente o seu ESPÍRITO quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; cf. Jó 27.3). O ESPÍRITO SANTO continua a dar vida às criaturas de DEUS (Jó 33.4; Sl 104.30).

(2) O ESPÍRITO estava ativo na comunicação da mensagem de DEUS ao seu povo. Era o ESPÍRITO, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o ESPÍRITO do Senhor (2Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo ESPÍRITO de DEUS a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.29; 1Sm 10.5,6,10; 2Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30; Is 61.1-3; Mq 3.8; Zc 7.12; cf. 2Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas “seguem o seu próprio espírito” ao invés de andarem segundo o ESPÍRITO de DEUS (Ez 13.2,3). Era possível, entretanto, o ESPÍRITO de DEUS vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com DEUS para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2).

(3) A liderança do povo de DEUS no AT era fortalecida pelo ESPÍRITO do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o ESPÍRITO de DEUS que compartilhava dos próprios sentimentos de DEUS; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, DEUS tomou do ESPÍRITO que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse Moisés como líder, DEUS indicou que “o ESPÍRITO” (i.e., o ESPÍRITO SANTO) estava nele (Nm 27.18). O mesmo ESPÍRITO veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do ESPÍRITO de DEUS.

(4) O ESPÍRITO de DEUS também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o ESPÍRITO para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais DEUS concedeu a plenitude do seu ESPÍRITO para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do ESPÍRITO SANTO, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no ESPÍRITO SANTO no NT.

No AT, o ESPÍRITO SANTO vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a DEUS de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3). O ESPÍRITO do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando DEUS opta por usar grandemente uma pessoa, o seu ESPÍRITO vem sobre ela.

(5) Havia, ainda, uma consciência no AT de que o ESPÍRITO desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13; 143.10). O povo de DEUS, que seguia o seu próprio caminho ao invés de ouvir a voz de DEUS, recusava-se a seguir o caminho do ESPÍRITO (ver Gn 16.2). Os que deixam de viver pelo ESPÍRITO de DEUS experimentam, inevitavelmente, alguma forma de castigo divino (ver Nm 14.29; Dt 1.26).

(6) Note que, nos tempos do AT, o ESPÍRITO SANTO vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia. Não houve nenhum derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre Israel. O derramamento do ESPÍRITO SANTO de forma mais ampla (cf. 2.28,29; At 2.4,16-18) começou no grande dia de Pentecoste.



A PROMESSA DO PLENO PODER DO ESPÍRITO SANTO. O AT antegozava a era vindoura do ESPÍRITO, i.e., a era do NT.

(1) Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o ESPÍRITO desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o ESPÍRITO de DEUS repousaria de modo especial (ver Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3). Quando JESUS leu as palavras de Isaías 61, em Nazaré, cidade onde morava, terminou dizendo: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21).

(2) Outras profecias do AT anteviam o período do derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre a totalidade do povo de DEUS. Entre esses textos, o de maior destaque é 2.28,29, citado por Pedro no dia de Pentecoste (At 2.17,18). Mas a mesma mensagem também se acha em Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21; Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29. DEUS prometeu que, quando a vida e o poder do seu ESPÍRITO viessem sobre o seu povo, os seus seriam capacitados a profetizar, ver visões, ter sonhos proféticos, viver uma vida em santidade e retidão, e a testemunhar com grande poder. Por conseguinte, os profetas do AT previram a era messiânica. E, a respeito dela, profetizaram que o derramamento e a plenitude do ESPÍRITO SANTO viriam sobre toda a humanidade. E foi o que aconteceu no domingo do Pentecoste (dez dias depois de JESUS ter subido ao céu), com uma subseqüente gigantesca colheita de almas (cf. 2.28,32;At 2.41; 4.4; 13,44,48,49).



A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”



É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.



A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.

Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11).





O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”



Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 1.4). A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:

(1) O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar.

(2) Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).

(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração (ver 11.17; 19.6).

(4) Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).

(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6).

(6) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).

(7) Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At 4.33); (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).

(8) A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO. (a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33). (c) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At 1.4,5).

(9) O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

(10) O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

O ESPÍRITO SANTO


É O ESPÍRITO SANTO QUEM NOS LEVA A JESUS,O ESPÍRITO SANTO ESTÁ ATRÁS DE NÓS O TEMPO TODO,DEPOIS QUE ACEITAMOS A JESUS COMO SENHOR E SALVADOR, O ESPÍRITO SANTO ESTÁ AO NOSSO LADO, EM NÓS, É NOSSO COMPANHEIRO E CONFIDENTE.

SENTE TRISTEZA, Ef 4.30

NOS ENSINA, Jo 14.26

O ESPÍRITO SANTO É DEUS (1Jo 5.6,7)

PROVAS BÍBLICAS DA SUA DIVINDADE

ONIPOTÊNCIA

ONISCIÊNCIA - Sl 139.2

ONIPRESENÇA - Jr 23..23,24; Sl 139.7

COMPARTILHOU A OBRA DA CRIAÇÃO, Gn 1.2

ETERNIDADE, Hb 9.14



NATUREZA

PROVAS BÍBLICAS

DA SUA PERSONALIDADE

REVELA, 2 Pe 1.21

ENSINA, Jo 14.26

INTERCEDE, Rm 8.26

ORDENA, At 13.2

TESTIFICA DE CRISTO, Jo 15.26; 1 Jo 5.6,7

FALA À IGREJA, Ap 2.7,11, 17,29; 3.6,13,22

CONVIDA À SALVAÇÃO - Ap 22.17

Muitas vezes as pessoas que são usadas por DEUS para ministrarem o batismo no ESPÍRITO SANTO, são mal-compreendidas. Veja bem: Seria muito difícil alguém ser batizado sem abrir a boca para falar, pois a evidencia do batismo é o falar em línguas espirituais, assim pede-se às pessoas para glorificarem a DEUS para que quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre as mesmas, não os ache de boca fechada e isso venha a impedi-los de receber sua tão desejada bênção. O medo de falar em línguas de maneira diferente dos outros ou o medo da reação na hora do batismo têm impedido muitos de serem balizados; também a "doutrina do merecimento" impede a muitos que pensam que se recebe alguma coisa de DEUS pelo merecimento; mas o maior impedimento ainda é o pecado não arrependido e não confessado.






NOMES DO ESPÍRITO SANTO

Pneumatologia: http://www.geocities.com/Athens/5898/Pneumatologia.htm



I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO:



A) A Personalidade do ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO é uma Pessoa, distinta do Pai e do Filho, e não uma mera influência ou operação divina, e portanto dotado de intelecto, emoção, autoconsciência e autodeterminação.

1) Pronomes Pessoais Masculinos: Estes pronomes são aplicados ao ESPÍRITO SANTO (Jo.15:26;16:7,8,13,14), muito embora o vocábulo grego Pneuma seja substantivo neutro.



2) Substantivo Masculino: O termo masculino Paracleto é aplicado ao ESPÍRITO SANTO (Jo.14:16,17) como sendo outro (allon) Consolador igual a CRISTO.



3) Características Pessoais:

a) Inteligência (I Co.2:10,11; Rm.8:27).

b) Vontade (I Co.12:11).

c) Amor (Rm.15:30).

d) Bondade (Ne.9:20).

e) Tristeza (Ef.4:30; Is.63:10).



4) Atos Pessoais:

a) Ele perscruta (I Co.2:10).

b) Ele fala (Ap.2:7; Gl.4:6; Jo.15:26).

c) Ele intercede (Rm.8:26).

d) Ele ensina (Jo.14:26).

e) Ele guia (Jo.16:12-14; Ne.9:20).

f) Ele chama (At.13:2;20:28).



B) A Divindade do ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO é coeterno e consubstancial com o Pai e o Filho.

1) Nomes Divinos:

a) DEUS (At.5:3,4).

b) Senhor (II Co.3:18).



2) Atributos Divinos:

a) Eternidade (Hb.9:14).

b) Onipresença (Sl.139:7-10).

c) Onipotência (Lc.1:35).

d) Onisciência (I Co.2:10,11).



II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO:



A) Em relação ao universo material: Ele participou da obra da criação (Sl.33:6; Jó 33:4;104:29,30).



B) Em relação aos homens não regenerados:

1) Luta (Gn.6:3).

2) Testifica (Jo.15:26; At.5:32).

3) Convence (Jo.16:8-11).



C) Em relação aos crentes:

1) Regenera (Jo.3:3-6;6:63; Tt.3:5; I Co.2:4;3:6).

2) Batiza (Jo.1:32-34; I Co.12:13; At.1:5).

3) Habita (I Co.3:16;6:15-19; Rm.8:9).

4) Sela (Ef.1:13,14;4:30).

5) Testifica (Rm.8:14,16).

6) Fortalece (Ef.3:16).

7) Enche (Ef.5:18-20).

8) Liberta (Rm.8:2).

9) Guia (Rm.8:14; At.8:27-29;13:2,4).

10) Ilumina (I Co.2:12,14).

11) Instrui (Jo.16:13,14).

12) Capacita (I Ts.1:5; At.1:8; I Co.2:1-5).

13) Produz Frutos (Gl.5:22,23; Fp.3:3; At.2:11).

14) Intercede (Rm.8:26; Jd.20).



D) Em relação a CRISTO:

1) Concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc.1:35).

2) Ungido pelo ESPÍRITO SANTO (At.10:38; Is.11:2;61:1; Lc.4:14,18; Mt.12:17,18).

3) Guiado pelo ESPÍRITO SANTO (Mt.4:1).

4) Cheio do ESPÍRITO SANTO (Lc.4:1; Jo.3:34).

5) Ministério (Lc.4:14,18,19; Is.61:1).

6) Sacrifício (Hb.9:14).

7) Ressurreição (Rm.8:11; Rm.1:4).

8) Deu mandamentos pelo ESPÍRITO SANTO (At.1:1,2).



E) Em relação as Escrituras:

1) É o Seu Autor (II Pe.1:20,21; II Tm.3:16; II Pe.3:15,16; Jo.16:13).

2) É o Seu Intérprete (Ef.1:17; I Co.2:9-14; Jo.16:14-16 II Pe.1:20,21; I Jo.2:20,27).



A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 2.

- A revelação do ESPÍRITO SANTO no NT.

(a) O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de JESUS (Jo 14.16,26),

realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de CRISTO (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4). (b) O ESPÍRITO SANTO é o agente da nossa santificação. Na conversão, o ESPÍRITO passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4; Gl 5.16,17; 2Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de DEUS (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a DEUS (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a DEUS (Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de CRISTO, que O glorificam (Gl 5.22,23; 1Pe 1.2). Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13; 14.26; 1Co 2.10-16) e também nos revela JESUS e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-18; 16.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de DEUS (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.16; 1Ts 1.6). (c) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o ESPÍRITO SANTO outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de CRISTO (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do ESPÍRITO através dos santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7-11). (d) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de CRISTO, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a DEUS (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.8; 1Co 3.16; 1Pe 1.2).

- As diversas operações do ESPÍRITO são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do ESPÍRITO SANTO formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em CRISTO, (b) um santo viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no ESPÍRITO SANTO se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo ESPÍRITO, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.





O ESPÍRITO SANTO

At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”



É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.



A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.

Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11).



A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

Quem é o ESPÍRITO SANTO?

O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação.

O ESPÍRITO SANTO é o agente da santificação.

O ESPÍRITO SANTO reveste os crentes para o serviço do Senhor.

O ESPÍRITO implanta os crentes no corpo místico de CRISTO, que é sua Igreja.

Seu trabalho

Ele convence, faz nascer de novo e habita no crente (Jo 16.7-11; 3.3-6; 14.16,17).

Ele influencia, purifica e liberta (Rm 8.8-11; 2 Ts 2.13-17; Rm 8.1-4).

Ele capacita para o testemunho (At 1.8; Jo 1.32,33).

Ele edifica, inspira para adoração e envia (Ef 2.20-22; Fp 3.3; At 13.2-4).

Graça

"[...] O ESPÍRITO de DEUS nos guia para a revelação da verdade se nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então devemos deixar que nos guie porque Ele nos conduzirá até a verdade. Se deixarmos o ESPÍRITO ser o nosso consolador e guia, isso nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de nossas vidas" (Moody).



RESUMO DA LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO


I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

1. A doutrina do ESPÍRITO SANTO.

2. O ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento.

3. O ESPÍRITO SANTO na atualidade.

II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. A aseidade e existência do ESPÍRITO SANTO.

2. Atributos incomunicáveis do ESPÍRITO SANTO.

a) Onipresença. b) Onisciência. c) Onipotência.

III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. O ESPÍRITO SANTO tem personalidade.

2. O ESPÍRITO SANTO tem emoções.

3. O ESPÍRITO SANTO tem vontade.



SINOPSE DO TÓPICO (1)

A doutrina do ESPÍRITO SANTO está presente no Antigo e Novo Testamento.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Assim como o Pai e o Filho, o ESPÍRITO SANTO é autoexistente. Os seus atributos incomunicáveis confirmam sua aseidade.

SINOPSE DO TÓPICO (3)

As ações do ESPÍRITO SANTO evidenciam que Ele é uma pessoa, a Terceira da Santíssima Trindade.





O PENTECOSTALISMO DA UNICIDADE

No Acampamento "de Reavivamento Mundial em Arroyo Seco, perto de Los Angeles, em 1913, surgiu uma séria controvérsia. Durante um culto de batismo, o evangelista canadense R. E. McAlister argumentou que os apóstolos não invocavam o Nome trino e uno ~ Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO ~ no batismo, mas batizavam no nome de JESUS somente.

Durante a noite, John G. Schaeppe, um imigrante de Danzig, Alemanha, teve uma visão, e acordou ° acampamento, gritando que o nome de JESUS precisava ser glorificado. A partir de então, Frank J. Ewart começou a ensinar que aqueles que tinham sido batizados segundo a fórmula trinitariana precisavam do novo batismo que invocava somente o nome de JESUS . Logo, outros começaram a espalhar a "nova questão". Juntamente com isso veio a aceitação de uma só Pessoa na Deidade, agindo em modos ou (cargos diferentes. O reavivamento em Arroyo Seco acendera a centelha dessa nova questão).

Em outubro de 1916, o Concílio Geral das Assembléias de DEUS foi convocado em St. Louis com o propósito de formar barricadas de defesa para proteger a ortodoxia trinitariana. Os representantes da Unicidade viram, se diante de uma maioria que lhes exigia que aceitassem a fórmula batismal trinitariana e a doutrina ortodoxa de CRISTO, ou deixassem a comunhão. Cerca de um quarto dos ministros realmente se retirou. Mas as Assembléias de DEUS estabeleceram,se na tradição doutrinária da "fé pregada pelos apóstolos, atestada pelos mártires, substanciada nos Credos, exposta pelos pais", ao lutar em favor da ortodoxia trinitariana.



Tipicamente, o Pentecostalismo da Unicidade declara: "Não cremos em três personalidades separadas na Deidade, mas cremos em três cargos preenchidos por uma só pessoa".

A doutrina da Unicidade (modalística) tem, portanto, o conceito de DEUS como um só Monarca transcendente, cuja unidade numérica é rompida por três manifestações contínuas feitas à humanidade como Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO. As três faces do único Monarca são realmente imitações divinas de JESUS , a expressão pessoal de DEUS mediante a sua encarnação. A idéia da personalidade exige, segundo os Pentecostais da Unicidade, corporalidade e, por essa razão, acusam os trinitarianos de adotar o triteísmo.



Pelo fato de CRISTO ser "corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9), os Pentecostais da Unicidade argumentam que Ele é essencialmente a plenitude da Deidade indiferenciada. Noutras palavras: acreditam que a tríplice realidade de DEUS é "três manifestações" do único ESPÍRITO habitando dentro da Pessoa de JESUS . Acreditam que JESUS é a personalidade única de DEUS, cuja "essência é revelada como Pai no Filho e como ESPÍRITO através do Filho".75 Explicam, ainda, que a pantomima divina de JESUS é "cristocêntrica, porque JESUS , como ser humano, é o Filho, e que como ESPÍRITO (na sua divindade) Ele revela, e realmente é o Pai, e envia, e realmente é o ESPÍRITO SANTO como o ESPÍRITO de CRISTO que habita no cristão".

Já argumentamos que o sabelianismo do século III é herético. Na sua negação das distinções eternas entre as três Pessoas na Deidade, o Pentecostalismo da Unicidade acabou caindo no mesmo erro teológico do Modalismo clássico. A diferença, conforme foi declarado antes, é que os Pentecostais da Unicidade concebem a "trimanifestação" de DEUS como simultânea em vez de sucessiva ' sendo esta última a crença do modalismo clássico. Argumentam que, tendo por base Colossenses 2.9, o conceito da personalidade de DEUS é reservado exclusivamente para a presença imanente e encarnada de JESUS . Por isso, os Pentecostais da Unicidade geral, mente argumentam que a Deidade está em JESUS , mas que JESUS não está na Deidade.

Colossenses 2.9 afirma porém (conforme a Igreja formulou em Calcedônia em 451), que JESUS é a "plenitude da revelação da natureza de DEUS" (theotêtos, divindade) me, diante a sua encarnação. A totalidade da essência de DEUS está incorporada em CRISTO (Ele é plena deidade), embora as três Pessoas não estejam simultaneamente encarnadas em JESUS .



Embora os Pentecostais da Unicidade confessem a divindade de JESUS CRISTO, o que eles realmente querem dizer é que JESUS , como o Pai, é deidade, e como o Filho, é humanidade. Ao argumentarem que o termo "Filho" deve ser entendido como a natureza humana de JESUS , e que o termo "Pai" é a designação da natureza divina de CRISTO, imitam seus antecessores antitrinitários (há muito tempo falecidos) ao comprometerem as doutrinas da salvação.

É certo que JESUS declarou: "Eu e o Pai somos um" Jo 10.30). Mas isso não significa que JESUS e seu Pai sejam uma só Pessoa (conforme argumentam os Pentecostais da Uni cidade), pois o numeral grego neutro hen ("um") é empregado pelo apóstolo João em vez do masculino heis. Logo, a referência é à união essencial, e não à identidade absoluta.



Conforme já foi declarado, a distinção tipo sujeito, objeto entre o Pai e o Filho é revelada com grande clareza nas Escrituras, quando JESUS , na sua agonia, ora ao Pai (Lc 22.42). JESUS também revela e defende a sua identidade ao apelar ao testemunho do Pai ( Jo 5.31,32). JESUS declara de modo explícito: "Há outro [gr. allos] que testifica de mim" (v. 32). Aqui, o termo allos denota, mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Também em João 8.16,18, JESUS diz: "E, se, na verdade, julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai, que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou". Aqui, JESUS cita o Antigo Testamento (Dt 17.6; 19.15) com o propósito de revelar, mais uma vez, a sua identidade messiânica (como sujeito), apelando ao testemunho do seu Pai (como objeto) a respeito do próprio JESUS . Insistir (como fazem os Pentecostais da Unicidade) que o Pai e o Filho são numericamente um só, serviria apenas para desacreditar o testemunho que JESUS deu de si mesmo como Messias.



Além disso, os Pentecostais da Unicidade ensinam que, para a pessoa ser verdadeiramente salva, é preciso que seja batizada "em nome de JESUS " somente.81 Com isso, dão a entender que os trinitarianos não são cristãos verdadeiros. Nisso, os Pentecostais da Unicidade incorrem no erro de colocar as obras como meio de salvação, contrariando o que a Bíblia diz: a salvação pela graça, mediante a fé somente (Ef 2.8,9). No Novo Testamento, encontramos por volta de 60 referências que falam da salvação pela graça, somente medi, ante a fé, independentemente do batismo nas águas. Se o batismo foi um meio necessário à nossa salvação, por que o Novo Testamento não enfatiza fortemente tal doutrina? Pelo contrário: vemos Paulo dizendo: "CRISTO enviou,me não para batizar, mas para evangelizar não em sabedoria de palavras, para que a cruz de CRISTO não se faça vã" (1 Co 1.17).

Deve ser mencionado, ainda, que Atos dos Apóstolos não pretende preceituar uma fórmula batismal para ser utilizada pela Igreja, pois a frase "em nome de JESUS " não ocorre exatamente da mesma maneira duas vezes em Atos.

No sentido de reconciliar o mandamento de JESUS no sentido de batizar "em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28.19), com a declaração de Pedro: "cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO" (At 2.38), consideraremos três explicações possíveis.



1. Pedro desobedeceu ao mandamento claro do seu Senhor. Isso, obviamente, nem é uma explicação, e deve ser rejeitada por ser ridícula.



2. JESUS estava falando em termos ocultos, que exigiriam algum tipo de perspicácia mística antes de ser possível compreender seu sentido. Noutras palavras, Ele realmente estava nos mandando batizar somente em nome de JESUS , embora alguns não percebam esse significado velado de nosso Senhor. Não há, porém, a mínima justificativa para tirar tal conclusão. É contrária ao gênero específico de literatura bíblica envolvida (didático, histórico) e também, pelo menos por implicação, à impecabilidade de nosso Senhor JESUS CRISTO.



3. Uma explicação melhor é fundamentada na autoridade apostólica de Atos, no que diz respeito às credenciais ministeriais dos apóstolos. Quando a frase "em nome de JESUS CRISTO" é invocada pelos apóstolos em Atos, significa "com a autoridade de JESUS CRISTO" (cf. Mt 28.18). Por exemplo: em Atos 3.6 os apóstolos curam mediante a autoridade do nome de JESUS CRISTO. Em Atos 4, os apóstolos são convocados para serem interrogados a respeito das obras poderosas que faziam: "Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (v. 7). O apóstolo Pedro, cheio do ESPÍRITO SANTO, adiantou,se e proclamou corajosamente: "Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem DEUS ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós" (v. 10). Em Atos 16.18, o apóstolo Paulo libertou, "em nome de JESUS CRISTO", uma jovem da possessão demoníaca.

Os apóstolos estavam batizando, curando, libertando e pregando, mediante a autoridade de JESUS CRISTO. Conforme escreveu Paulo: "E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor JESUS , dando por ele graças a DEUS Pai" (CI 3.17). Concluímos, portanto, que a declaração apostólica "em nome de JESUS CRISTO" equivale a dizer: "pela autoridade de JESUS CRISTO". Não existe, portanto, nenhum motivo para acreditar que os apóstolos fossem desobedientes ao imperativo do Senhor, que mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19), ou que JESUS estava usando linguagem oculta. Pelo contrário: no próprio livro de Atos, os apóstolos batizavam pela autoridade de JESUS CRISTO, em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO.



A doutrina da Trindade é o caráter distintivo da revelação que DEUS fez de si mesmo nas Sagradas Escrituras. Fiquemos, pois, firmes em nossa confissão de um só DEUS, "eternamente existente em si mesmo... como Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO".



Principal divulgador da doutrina anti-bíblica unicista entre os evangélicos: Igreja voz da verdade - mais conhecido como conjunto ou Banda Voz Da Verdade.

Possuem muitas igrejas espalhadas pelo Brasil: Quanto mais CD's e DVD's compramos, mais divulgam sua doutrina.

http://www.vozdaverdade.com.br/ acesso em 12-07-2006





I - Quem É o ESPÍRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 1.2, e daí em diante sua presença é proemi­nente em ambos os Testamentos. O vocábulo que dá sentido ao seu nome é o grego pneuma, vindo da raiz hebraica ruach. Ambos os termos, quando aplicados para dar significação divina e sem igual, denotam o infinito ESPÍRITO de DEUS.

A atuação deste supremo Ser é marcante nas Escritu­ras como o Substituto legal do Filho de DEUS, desde o Pentecoste até o arrebatamento da Igreja (Jo 16.7), e continuando depois com ela para sempre (Jo 14.16). Ele veio ao mundo como o "Agente da Comunicação Divi­na". Sua origem não se encontra nas tábuas genealógicas, pois, sendo Ele um dos membros da Divindade, é a ori­gem de si mesmo e a causa de sua própria substância.



II - Sua Preexistência

A natureza e os atributos do ESPÍRITO SANTO caracteri­zam-no como o "ESPÍRITO eterno", não conhecendo princípio de dias nem fim de existência (Hb 9.14). Ele aparece ao lado de DEUS, quando havia unicamente o DEUS trino e uno. O tempo, que marca extensão, é percebido através da relação entre "antes" e "depois". Uma vez que o ESPÍRITO SANTO tem a mesma natureza de DEUS, o tempo não se aplica a Ele já que existe pela própria necessidade de sua existência. Ele é um Ser vivo, dotado de perso­nalidade, não sendo meramente uma influência ou ema­nação de DEUS. Antes, é uma Pessoa claramente divina, que faz parte da Trindade.

Não um ser criado, como nós ou as demais criaturas que, por um ato de DEUS, passamos a existir num certo tempo e lugar.

1. No Antigo Testamento

O período do Antigo Testamento foi de preparação e espera a este Ser eterno, cuja ação plena concretizou-se no Novo. Mas antes, como sabemos, o Eterno ESPÍRITO de DEUS já operava.

Em suas várias manifestações e demonstrações de po­der, tanto no universo físico como no espiritual, sua presença é sentida e revelada (Gn 1.2; 6.3; Êx 8.19; Jo 33.4 etc.) Entretanto, eram apenas manifestações objeti­vas e tópicas, pois até então o ESPÍRITO SANTO não havia sido "derramado" e sim "manifestado" (cf. Jl 2.28; Jo 7.39). O ESPÍRITO SANTO se revelava de três maneiras, visto no contexto geral.

a. Como ESPÍRITO criador do cosmo. Por cujo poder o Universo e todos os seres foram criados.

b. Como ESPÍRITO dinâmico ou doador de poder. Revelado como o Agente de DEUS em relação aos homens; entretanto, não era outorgado como dádiva permanente. Em sentido tópico, tal sucedia até mesmo no caso dos profetas, embora seja seguro pensar que homens mais profundamente espirituais possuíam o dom do ESPÍRITO por tempo mais dilatado que o comum (cf. Sl 51.11- Ml 2.15).

c. Como ESPÍRITO regenerador. Pelo qual a natureza humana é transformada "de glória em glória na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor" (2 Co 3.18). Encontramos sua presença no Antigo Testamento, em várias manifestações de poder, num total de 88 vezes: 13 no Pentateuco; sete em Juízes; sete em 1 Samuel; cinco nos Salmos; 14 em Isaías; 12 em Ezequiel; e trinta ou­tras, por inferência.

Dos 39 livros do Antigo testamento, apenas 16 não fazem referência específica a Ele - mas em essência.

Algumas referências marcam sua presença nesse perí­odo, descrevendo-o como membro ativo da Divindade e participante de decisões somente a ela inerentes. Veja­mos algumas:

• Na criação do Universo: "E o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).

• Na criação do homem: "E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhan­ça..." (Gn 1.26).

• No juízo sobre o pecado: "Então disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós..." (Gn 3.22).

• No julgamento sobre o dilúvio: "Então disse o Se­nhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem..." (Gn 6.3).

• Sobre a construção da torre de Babel: "Eia, desça­mos, e confundamos ali a sua língua..." (Gn 11.7).

O ESPÍRITO SANTO é também retratado, em relação aos ho­mens, como aquEle que ilumina (Jo 33.8), dá forças especiais (Jz 14.6,19), concede sabedoria (Êx 31.1-6; Dt 34.8), outorga revelações (Nm 11.25; 2 Sm 23.2), instrui sobre a vontade de DEUS (Is 11.2), administra graça (Zc 12.10) e, finalmente, enche as vidas com sua presença (Ef 5.18).

2. No Novo Testamento

O ESPÍRITO SANTO entra em cena logo nas primeiras páginas do Novo Testamento. O anjo Gabriel informa a Zacarias, um velho sacerdote da ordem de Abias, que seu futuro filho, João Batista, seria cheio do ESPÍRITO SANTO desde o ventre materno (Lc 1.15). O mesmo mensageiro celestial diz a Maria que o ESPÍRITO SANTO desceria sobre ela (Lc 1.35). Mais adiante encontramos o justo Simeão, e "o ESPÍRITO SANTO estava sobre ele" (Lc 2.25). Durante a vida terrena de nosso Senhor JESUS, a atuação do ESPÍRITO SANTO acompanhava seus passos, palavras e obras. Ou seja, JESUS era "cheio do ESPÍRITO SANTO" (Lc 4.1). E podia exclamar: "O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim" (Lc 4.18).



III - Sua Existência Pós-pentecostal

Vinte e cinco livros dos 27 que compõem o Novo Testamento descrevem o ESPÍRITO SANTO como um Ser real. Apenas dois, Filemom e 3 João, falam dEle apenas em essência.

Há duas citações sobre a existência do Pai e do Filho que não mencionam sua existência:

"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem envias-te" (Jo 17.3).

"E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro..." (Ap22.1).

No entanto, a ausência do ESPÍRITO SANTO nestas duas citações não lhe nega a existência como Pessoa real! Pelo contrário, prova sua humildade e grandeza.

De acordo com a Lei mosaica, o testemunho de dois homens era verdadeiro para se firmar qualquer palavra ou sentença.

Dois grandes personagens, João Batista e JESUS Cris­to, afirmaram ter visto o ESPÍRITO SANTO em forma corpórea.

"E João testificou, dizendo: Eu vi o ESPÍRITO descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o ESPÍRITO, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o ESPÍRITO SANTO" (Jo 1.32,33).

"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele" (Mt 3.16).



IV - Sua Natureza

A terceira Pessoa da Trindade é ESPÍRITO por natureza! Ou seja, tal qual Ele é, tanto o seu Ser como o seu caráter, assim são também o Pai e o Filho: iguais em aspecto, poder e glória. O fato de o ESPÍRITO SANTO ser DEUS fica provado não somente por sua identificação com o Pai e o Filho, nas fórmulas do batismo e da bênção apostólica, mas também pelos atributos divinos que pos­sui. Em outros aspectos, o ESPÍRITO SANTO é co-participante dos atos de DEUS, especialmente pela sua maneira tríplice de agir, como por exemplo:



1. Na bênção das tribos

"O Senhor DEUS te abençoe e te guarde: o Senhor [JESUS] faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor [ESPÍRITO SANTO] sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz" (Nm 6.24-26).



2. Na bênção apostólica

"A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Co 13.13).



3. No perdão

"Ó Senhor [DEUS], ouve; ó Senhor [JESUS], perdoa: Ó Senhor [ESPÍRITO SANTO], atende-nos e opera sem tardar" (Dn 9.19).



4. No louvor

"E clamavam uns para com os outros, dizendo: SANTO [DEUS], SANTO [JESUS], SANTO [ESPÍRITO SANTO] é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3).



5. No batismo

"Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO..." (Mt 28.19).



6. Nos dons

"Ora há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Se­nhor [JESUS] é o mesmo. E há diversidade de opera­ções, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos" (1 Co 12.4-6).



7. Na unidade da fé

"Há um só... ESPÍRITO... um só Senhor [JESUS]... um só DEUS e Pai de todos..." (Ef 4.4,6).



8. No testemunho

"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um" (1 Jo 5.7).



Evidentemente, a presença do ESPÍRITO SANTO é vista por toda a extensão das Escrituras, sempre agindo de comum acordo com o Pai e o Filho.

De DEUS se declara: "Desde a antigüidade fundaste a terra: e os céus são obra das tuas mãos" (Sl 102.25).

De CRISTO se declara: "Porque nele foram criadas to­das as coisas, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16).

Do ESPÍRITO SANTO se declara: "Pelo seu ESPÍRITO ornou os céus" (Jo 26.13). Os atos da criação - em separado, ainda que completos - da parte de cada Pessoa reúnem-se na afirmação do nome de DEUS [Eloim], e daí por diante.

Ele é, portanto, o ESPÍRITO eterno (Hb 9.14). É onipresente (Sl 139.7-10), onipotente (Lc 1.37) e onisci­ente (1 Co 2.10). A Ele se atribuem obras divinas: tomou parte na criação (Gn 1.2); produz novas criaturas para JESUS (Jo 3.5); ressuscitou a JESUS CRISTO dentre os mor­tos (Rm 1.4; 8.11).

O sentido que lhe dá a palavra grega - herdada do original hebraico - é sem igual. Pneuma, como termo psicológico, representa a sede da percepção, do sentido, da vontade, do estado da mente, ou pode ser equivalente ao ego da pessoa humana (Mc 2.8; Lc 1.47; Jo 11.33; 13.21 etc...). Porém, o termo pneuma, ou vocábulo grego correspondente, aparece 220 vezes no Novo Testamento. Nada menos de 91 dessas ocorrências, em essência espe­cial, com ou sem qualificativo quanto ao caráter ou a origem, indicam o ESPÍRITO SANTO.

São usados pronomes masculinos, como na indicação do Pai e do Filho, dominando, portanto, toda construção gramatical neste sentido. Isto é importante!



V - Seu Relacionamento

A atuação do ESPÍRITO SANTO pode ser vista tanto em relação ao universo físico como ao espiritual. Sua ação pode ser presenciada em ambos os Testamentos. Entretanto, com maior impacto, o ESPÍRITO foi prometido para uma dispensação futura, a tal ponto que, nos tempos do Messias, Ele seria "derramado sobre toda a carne".



1. Com o Universo

"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).

Observe-se que a palavra "DEUS" está no plural, e o verbo, no singular (no hebraico, há três números: singular, dual e plural). Assim, a natureza de DEUS é revelada na primeiras palavras de Gênesis, como de igual modo o Filho e o ESPÍRITO SANTO: uma Trindade, porém um só DEUS.

O Filho aparece na "segunda" palavra da Bíblia - Ele é o princípio (Ap 3.14).

O Pai aparece na "quarta" palavra.

O ESPÍRITO SANTO aparece na "trigésima-terceira" palavra, e daí por diante sua presença contínua e suas mani­festações tópicas nas obras de DEUS são presenciadas em cada acontecimento. Dessa maneira, podemos aceitar que, na criação do Universo, o Pai a propôs e o Filho agiu pela energia do ESPÍRITO SANTO. Subentende-se, portanto, que o ESPÍRITO SANTO, como Divindade inseparável em toda a criação, manifesta sua presença em todos os elementos da natureza criada. Todas as forças da natureza são ape­nas evidências da presença e operação do ESPÍRITO de DEUS. Toda a criação, e todo ser criado, deve sua existên­cia e continuação às "mãos de DEUS": CRISTO ("Nele fo­ram criadas todas as coisas", Cl 1.16) e ao ESPÍRITO SANTO ("Ele criou e ornamentou a todas as coisas"; cf. Jo 26.13; 33.4; Sl 104.30).



2. Com CRISTO

O ESPÍRITO SANTO desceu sobre Maria, produzindo a concepção virginal do Filho de DEUS (Mt 1.20; Lc 1.23), e é visto como aquEle que "ungiu" JESUS de Nazaré, capacitando-o para sua missão evangelizadora (Lc 4.18,19) e seu ministério miraculoso. Pedro afirma que DEUS "ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele" (At 10.38). Ele veio substituir o Filho na missão de conduzir os homens a DEUS, como sua Testemunha pode­rosa (Jo 15.26). É a força restauradora por meio da qual CRISTO opera (Rm 8.11). Finalmente, Ele é o "Amigo Fiel" de CRISTO, glorificando-o por ter realizado tão subli­me redenção em favor de quem não a merecia (Jo 16.14).



3. Com a Igreja

O ESPÍRITO SANTO é o único que pode regenerar a alma, mediante seu toque transformador. Sua presença entre os salvos deve ser contínua e perpétua, pois assim produz no crente fruto semelhante a natureza moral positiva de DEUS (Gl 5.22,23).

O objetivo principal do fruto do ESPÍRITO no crente, bem como de todas as suas operações na alma, é transformá-lo segundo a imagem de CRISTO, nos termos mais literais possíveis (2 Co 3.18). A promessa de JESUS a seus discípulos foi a presença constante do ESPÍRITO em suas vidas. Ele disse: "... para que [o ESPÍRITO SANTO] fique convosco para sempre... porque habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.16,17).



a. Após a ressurreição de CRISTO. Depois de ressurreto, JESUS entrou numa casa para participar com seus discípu­los da primeira reunião de seu ministério celestial. As portas daquele santuário improvisado estavam "cerradas... onde os discípulos, com medo dos judeus, se ti­nham ajuntado".

Após tê-los saudado ("Paz seja convosco!"), o segun­do ato do Senhor foi "soprar" sobre eles, dizendo: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (Jo 20.19,22).

Todo salvo, segundo as Escrituras, tem o ESPÍRITO SANTO como selo da ressurreição de CRISTO. Porque "se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele" (Rm 8.9). E esta é a confirmação divina: "Se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós", então, sem nenhuma dúvida, "somos filhos de DEUS" (Rm 8.11,16).

Ora, o grande sucesso, tanto da igreja como do crente em particular, tem sido a presença gloriosa do ESPÍRITO SANTO.

Paulo revela aos crentes de Corinto: "Não sabeis vós que sois o templo de DEUS, e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?" (1 Co 3.16).



b. A habitação do ESPÍRITO. Depois do processo de regeneração no pecador, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar nele, e aí permanece como Agente divino da comunica­ção com o Pai e o Filho. A habitação do ESPÍRITO é uma fase posterior à obra da conversão, e possibilita o cresci­mento da nova vida iniciada naquele que foi chamado das trevas para viver na luz.

"Precisamos reconhecer sua presença permanente no templo de nossos corpos. Esse reconhecimento deve tor­nar-se sagrado e levar-nos, sem interrupção alguma, a uma vida imaculada, livre de pecado. É o segredo da experiência de seu poder, que permanentemente atua na­quele que é fiel e obediente a CRISTO".

A comunhão com o ESPÍRITO SANTO leva o crente a aspirar pela sua presença, no dizer de Paulo: "Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).



c. A companhia do ESPÍRITO. R. M. Riggs observa que desde o seu advento, no dia de Pentecoste, em Jerusa­lém, e através de outras visitações nas congregações de Samaria (At 8), Cesaréia (At 10), Antioquia da Síria (At 13.2,4), Antioquia da Pisídia (At 13.14), Éfeso (At 19.1-7), Corinto (1 Co 12.13) e Galácia (Gl 3.2), o ESPÍRITO SANTO continua habitando pessoalmente nos crentes em JESUS - algo que CRISTO não poderia fazer quando andava visivelmente na terra em carne humana, isto é, de habitar o corpo dos outros, mas o ESPÍRITO SANTO o faz agora.



d. Dirigindo nossos passos. A partir do Pentecoste, o ESPÍRITO SANTO passou a dirigir os passos da Igreja. A nova dispensação, inaugurada pela glorificação de Cris­to, é chamada tanto de era do ESPÍRITO SANTO como era da Igreja.

O ESPÍRITO e a Igreja em tudo agem de comum acordo. A Igreja sem o ESPÍRITO seria um corpo sem vida; e o ESPÍRITO sem a Igreja, uma força sem meio de ação. Por esta razão o ESPÍRITO e a Igreja são inseparáveis e sempre dirigidos um para o outro.

Ambos são anunciados e prometidos por JESUS durante o seu ministério terreno (Mt 16.18; Jo 7.39). Depois da ressurrei­ção de nosso Senhor, os dois aparecem juntos no plano da salvação. Finalmente, o ESPÍRITO e a Igreja estão unidos na mesma espera: o advento de JESUS CRISTO (Ap 22.17).



e. No livro de Atos dos Apóstolos. O ESPÍRITO SANTO rouba a cena neste livro que é padrão para a Igreja, tanto no sentido evangelístico como no administrativo e soci­al. Assim como nos evangelhos a presença do Filho de DEUS revelando e exaltando o Pai é o fato principal, também a presença do ESPÍRITO SANTO, exaltando e revelando o Filho de DEUS, preenche o campo inteiro de nossa visão em Atos - até nossos dias.

Cumprem-se assim as palavras de JESUS aos discípu­los: "Ele [o ESPÍRITO SANTO] habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.17).



4. Com o Mundo

Nosso Senhor sintetizou a missão do ESPÍRITO: "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da jus­tiça, e do juízo" (Jo 16.8).



a. "Do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16.9). Existem várias interpretações sobre o poder de convenci­mento do ESPÍRITO SANTO, sendo que as opiniões seguem mais ou menos assim: "As palavras de JESUS no versículo 9 apontam principalmente o tremendo pecado da rejei­ção ao Messias, do qual é antes de todos acusada a incrédula comunidade judaica" (At 3.18-20; 7.7,45;15.22).

Está em foco o pecado de rejeição, porquanto a Luz veio ao mundo, mas os homens a rejeitaram. JESUS "veio para o que era seu [os judeus], e os seus não o recebe­ram" (Jo 1.11). Com a vinda gloriosa do ESPÍRITO SANTO, todos foram convencidos deste pecado "contra" CRISTO.

Uma segunda interpretação diz respeito à poderosa atuação do ESPÍRITO na conversão do homem. O ESPÍRITO SANTO opera diretamente no coração do homem, e este se convence de que é um pecador de fato a vagar sem rumo nesta vida. O ESPÍRITO, então, mostra-lhe a cruz de CRISTO (Ap 22.17).



b. "Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais" (Jo 16.10). Temos aqui um avanço em rela­ção a idéia anterior, pois o ESPÍRITO SANTO agora não somente revela aos homens de que consiste o pecado, convencendo-os dessa realidade, mas também de que consiste a justiça. Em outras palavras, o ESPÍRITO de DEUS convence os homens da justiça de CRISTO.



c. "E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16.11). O senso moral correto exige que os homens sejam recompensados ou punidos. Essa prova moral baseia-se na justiça de DEUS, que exige recebam a virtude e o vício as sanções que lhes são devidas: recom­pensa ou punição.

Aqui no mundo, as sanções da virtude e do vício são evidentemente insuficientes: muitas vezes o vício triun­fa, enquanto a virtude é humilhada. A justiça deseja que cada um seja tratado segundo as suas obras, e isto não pode ser feito senão por meio de CRISTO. O ESPÍRITO San­to, portanto, convence o mundo deste juízo por CRISTO (At 17.30,31). Em síntese, o ESPÍRITO SANTO convence o mundo:

• Do pecado: contra o CRISTO - crucificado.

• Da justiça: de CRISTO - glorificado.

• Do juízo: por CRISTO - diante do Trono Branco.

Por três vezes JESUS referiu-se ao ESPÍRITO SANTO como o "ESPÍRITO de verdade" (Jo 14.17; 15.26; 16.13). Signifi­ca que o ESPÍRITO SANTO é o Agente que conduz os homens a CRISTO, que é a Verdade, convence os homens de que tudo o que CRISTO falou era verdade, bem como da reali­dade do Juízo Final, diante do Trono Branco, efetuado por CRISTO ao lado do Pai.





AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"O ESPÍRITO SANTO e Sua Pessoalidade

Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o ESPÍRITO SANTO como uma Pessoa distinta. "E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos" (Rm 8.27). "O ESPÍRITO penetra todas as coisas" (1 Co 2.10). Desse modo, Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons "a cada um como quer" (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do ESPÍRITO. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).

Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo ESPÍRITO SANTO, conheciam-no de modo específico e pessoal.

[...] O ESPÍRITO SANTO fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a CRISTO JESUS como Senhor e estava sob a orientação do ESPÍRITO SANTO" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 8,9).



Subsídio Teológico

"O ESPÍRITO SANTO e Sua Pessoalidade

Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o ESPÍRITO SANTO como uma Pessoa distinta. "E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos" (Rm 8.27). "O ESPÍRITO penetra todas as coisas" (l Co 2.10). Desse modo, Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons "a cada um como quer" (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do ESPÍRITO. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).

Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo ESPÍRITO SANTO, conheciam-no de modo específico e pessoal.

[...] O ESPÍRITO SANTO fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a CRISTO JESUS como Senhor e estava sob a orientação do ESPÍRITO SANTO" (HORTON, Stanley M.) A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 8,9).



VOCABULÁRIO

Fidedigno: Digno de fé.

Intragável: Insuportável.

Atributo: Aquilo que é próprio de um ser.

Exercício Volitivo: Exercício da vontade.



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 4. ed. Rio de janeiro: CPAD,1995.

HORTON, Stanley M. et alI. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2006.

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2005.



Leia a Revista Ensinador Cristão CPAD, n. 46, p. 36.

Subsídio Teológico

"Verbalização Inspirada pelo ESPÍRITO SANTO Antes do Pentecostes

No Antigo Testamento, o ESPÍRITO SANTO se manifestou em uma variedade de formas. De fato, virtualmente tudo o que o Novo Testamento fala sobre sua obra e seu ministério já foi encontrado, de algum modo, no Antigo Testamento. Mas, no Antigo Testamento, a obra recorrente com mais características do ESPÍRITO é aquela de verbalização inspirada. Os livros proféticos, tanto os maiores quanto os menores, são vistos na dedução de que o ESPÍRITO inspirou os escritores: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO" (2 Pe 1.21). Além disso, houve muitas situações em que as pessoas profetizaram oralmente sob a ação do ESPÍRITO. Repetidamente, encontramos relatos de pessoas profetizando quando o ESPÍRITO do Senhor veio sobre elas (por exemplo, Nm 11.25,26; 24.2,3; 1 Sm 10.6,10; 19.20,21). A inspiração oral do ESPÍRITO para profetizar é o elo que conecta as verbalizações oraculares do Antigo Testamento com: (1) a predição de Joel de que um dia todo o povo de DEUS iria profetizar UI 2.28,29) e (2) o desejo intenso de Moisés - o próprio Moisés sendo um profeta - de que todo o povo de DEUS fosse profetizar (Nm 11.29).

À luz de tudo isso, vemos uma conexão clara entre as verbalizações inspiradas pelo ESPÍRITO no Antigo Testamento e experiências comparáveis às de pessoas no pré-pentecostes, incidentes neotestamentários registrados em Lucas 1 a 4. Isso traz à compreensão correta de que o conceito de profetizar é focalizado na fonte e não necessariamente inclui um elemento preditivo. Mas esses registros no Evangelho de Lucas antecipam os derramamentos maiores e mais inclusivos do ESPÍRITO registrados no livro de Atos. Será instrutivo ver como as experiências de crentes com o ESPÍRITO em Atos se relacionam com aquelas de seus predecessores. Essa volta ao Antigo Testamento e Lucas 1 a 4 para uma compreensão do cumprimento da profecia de Joel é indispensável, porque estabelece uma ligação clara entre as experiências dos crentes do Novo Testamento e aquelas dos tempos antigos" (PALMA, Anthony D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e com Fogo: Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 54,55).



Vi no http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-mp-2tr11-quemeoespiritosanto.htm










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