terça-feira, 2 de novembro de 2010

Caio Fábio e Silas Malafaia deram as mãos!




Sabe o que Caio Fábio e Silas Malafaia teriam em comum? Ambos apoiaram Serra no segundo turno.






O que Renê Terra Nova e o Papa Bento XVI têm em comum? Serra!





O que foi capaz de unir Edir Macedo, Manoel Ferreira, Robson Rodovalho e Marco Feliciano? Dilma!





Só mesmo a política seria capaz de unir pessoas tão diferentes, que jamais se uniriam em qualquer outra circunstância. Seria por terem os mesmos ideais? Não! Mas por terem os mesmos interesses. Concessões de rádio e TV, cargos públicos, verbas públicas e outros interesses nem sempre confessáveis e dignos fazem com que conflitos de anos sejam relativizados e superados. Devo salientar que há exceções, inclusive entre os nomes que citei.





Em contrapartida, amigos de longas datas se tornam ferrenhos adversários, como aconteceu entre Macedo e Malafaia. Quem diria que o mesmo Malafaia que defendeu aguerridamente o Macedo por ocasião de sua prisão nos anos 90, hoje viria à TV chamá-lo de falso profeta? Tudo porque Macedo apoiava o candidato adversário. Se bem que foi Macedo quem começou, chamando seu novo desafeto de “profeta velho”, e questionando o motivo que o levou a trocar Marina por Serra.





Maledita política! Unindo e dividindo. Apaziguando velhas guerras e deflagrando novas. Mentiras foram ditas dos púlpitos. Calúnias foram divulgadas. Candidatos demonizados enquanto outros divinizados e transformados em verdadeiros messias.





E quanto aqueles que arriscaram profetizar quem seria o vencedor do pleito? Como Terra Nova e Valnice Milhomens poderiam explicar o fracasso de suas profecias?





Engana-se quem imagina que a igreja cristã saiu forte deste pleito. Saiu sim, desacreditado. Jamais um líder espiritual deveria hipotecar seu apoio a quem quer que fosse. Deveríamos, antes, manter-nos isentos. Pelo menos, além da lisura do processo, também preservaríamos velhas amizades, e talvez, até fizéssemos novas.





Acabo de receber um twitter de alguém se fazendo passar pelo Malafaia pedindo que todos postassem a tag #lutoBrasil. Por que luto? Porque meu candidato foi derrotado? Mesmo não tendo votado na candidata vencedora, sinto-me no direito e no dever de celebrar a vitória da primeira mulher presidente do Brasil. Assim como celebrei a vitória do primeiro negro presidente dos Estados Unidos. Isso não me obriga a concordar com sua política. Também não estou obrigado a aplaudir tudo que a Dilva Roussef fizer na qualidade de presidente do maior país da América Latina. Mantendo-me isento, tenho liberdade de aplaudir os acertos, e criticar os equívocos. E disso, não abro mão.





Viva a democracia!




Hermes Fernandes





Vi no http://www.hermesfernandes.com/

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