Laurence M. Vance - O Outro Lado do Calvinismo
Calvino e Arminius
Pareceria, superficialmente, que dois homens não poderiam ser mais diferentes do que Calvino e Arminius. Mas os dois representantes dos sistemas de teologia opostos não somente se assemelham de muitas maneiras, mas também há uma direta ligação entre eles. Ambos foram flagelados por doença e morreram no auge de seu ministério, Calvino aos cinqüenta e quatro e Arminius aos quarenta e nove. Ambos foram envolvidos em controvérsia durante todo o seu ministério. Ambos sobressaíram em suas capacidades educacionais e tiveram a vantagem de freqüentar várias das principais universidades. Ambos exerceram uma enorme influência sobre seus seguidores. Todavia, há algumas notáveis diferenças entre os dois. Arminius não escreveu nenhum comentário nem uma teologia sistemática formal como as Institutas de Calvino. Seus escritos, e até suas cartas pessoais existentes, são todas teológicas em natureza.[1] A maior diferença é talvez a criação deles – não o fato que Arminius era holandês e Calvino francês – mas que as influências sobre Arminius foram decididamente protestantes.
Embora eles nunca tenham se conhecido, Arminius sabia de Calvino e tinha uma ligação direta com ele. Deve ser lembrado que a universidade em Genebra onde Arminius recebeu seu treinamento teológico foi a própria escola fundada por Calvino. Arminius estudou sob Beza, o sucessor de Calvino. Beza até escreveu a Amsterdã um apelo por seu contínuo apoio financeiro de Arminius:
Para resumir tudo, então, em poucas palavras: informo ao senhor que do tempo que Arminius retornou a nós de Basel, sua vida e ensino têm tanto a nossa aprovação, que esperamos o melhor dele em todos os aspectos, se ele firmemente persistir no mesmo curso, que, pela benção de Deus, não duvidamos que ele conseguirá; pois, entre outros dons, Deus o dotou com uma inteligência sagaz tanto com respeito à percepção quanto à discriminação das coisas. Se ele daqui em diante for regulado pela piedade, que ele aparece assiduamente cultivar, não pode acontecer outra coisa senão que esta força de inteligência, quando consolidada pela idade madura e pela experiência, será produtiva dos frutos mais ricos. Esta é a nossa opinião de Arminius – um jovem homem, inquestionavelmente, tanto quanto nos é possível julgar, muitíssimo digno de sua benevolência e liberalidade.[2]
E embora as obras de Arminius nunca sejam lidas pelos modernos calvinistas, Arminius não somente defendeu que as Institutas de Calvino fossem lidas,[3] como também propôs, como temos visto, consentir aos entendimentos doutrinários conforme encontrados nelas.[4] E depois das próprias Escrituras, Arminius favoravelmente recomendava os comentários de Calvino: “Eu os aconselho a ler os comentários de Calvino, a quem confiro maior louvor do que Helmichius [um teólogo holandês (1551-1608)] jamais fez, como ele próprio me confessou. Pois eu digo a eles, que seus comentários devem ser mantidos em maior estima, do que tudo que nos é entregue nos escritos dos Pais Cristãos Antigos: De forma que, em um certo eminente Espírito de Profecia, dou a proeminência para ele além da maioria dos outros, de fato além de todos eles.”[5]
Embora eles nunca tenham se conhecido, Arminius sabia de Calvino e tinha uma ligação direta com ele. Deve ser lembrado que a universidade em Genebra onde Arminius recebeu seu treinamento teológico foi a própria escola fundada por Calvino. Arminius estudou sob Beza, o sucessor de Calvino. Beza até escreveu a Amsterdã um apelo por seu contínuo apoio financeiro de Arminius:
Para resumir tudo, então, em poucas palavras: informo ao senhor que do tempo que Arminius retornou a nós de Basel, sua vida e ensino têm tanto a nossa aprovação, que esperamos o melhor dele em todos os aspectos, se ele firmemente persistir no mesmo curso, que, pela benção de Deus, não duvidamos que ele conseguirá; pois, entre outros dons, Deus o dotou com uma inteligência sagaz tanto com respeito à percepção quanto à discriminação das coisas. Se ele daqui em diante for regulado pela piedade, que ele aparece assiduamente cultivar, não pode acontecer outra coisa senão que esta força de inteligência, quando consolidada pela idade madura e pela experiência, será produtiva dos frutos mais ricos. Esta é a nossa opinião de Arminius – um jovem homem, inquestionavelmente, tanto quanto nos é possível julgar, muitíssimo digno de sua benevolência e liberalidade.[2]
E embora as obras de Arminius nunca sejam lidas pelos modernos calvinistas, Arminius não somente defendeu que as Institutas de Calvino fossem lidas,[3] como também propôs, como temos visto, consentir aos entendimentos doutrinários conforme encontrados nelas.[4] E depois das próprias Escrituras, Arminius favoravelmente recomendava os comentários de Calvino: “Eu os aconselho a ler os comentários de Calvino, a quem confiro maior louvor do que Helmichius [um teólogo holandês (1551-1608)] jamais fez, como ele próprio me confessou. Pois eu digo a eles, que seus comentários devem ser mantidos em maior estima, do que tudo que nos é entregue nos escritos dos Pais Cristãos Antigos: De forma que, em um certo eminente Espírito de Profecia, dou a proeminência para ele além da maioria dos outros, de fato além de todos eles.”[5]
[1] Bangs, Arminius: A Study, pp. 19, 171.
[2] Theodore Beza, citado em Bangs, Arminius: A Study, p. 74.
[3] Works of Arminius, vol. 1, p. 296.
[4] Ibid., p. 700.
[5] Ibid., p. 295.
Fonte: http://www.arminianismo.com/
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