Laurence M. Vance - O Outro Lado do Calvinismo
Calvino e Agostinho
Se as doutrinas do Calvinismo não vieram das “páginas da Sagrada Escritura,” então onde Calvino conseguiu seu sistema? Vamos ouvir de alguns bem conhecidos e respeitados calvinistas reformados:
João Calvino foi parte de uma longa linha de pensadores que basearam sua doutrina da predestinação na interpretação agostiniana de São Paulo.[1]
Dificilmente há uma doutrina de Calvino que não carrega as marcas da influência de Agostinho.[2]
Os principais destaques da teologia de Calvino são encontrados nos escritos de Santo Agostinho de tal modo que muitos teólogos consideram o Calvinismo como uma forma mais bem desenvolvida do Agostinianismo.[3]
O sistema de doutrina ensinado por Calvino é apenas o Agostinianismo comum a todos os reformadores.[4]
Historiadores seculares como Will Durant (1885-1981) falam do mesmo modo: “Calvino baseou sua insensível doutrina nas teorias de eleitos e reprovados de Agostinho.”[5] O batista Good admite que “Agostinho pode ser considerado como o pai do sistema soteriológico que agora responde pelo nome de ‘Calvinismo.’”[6] Spurgeon concorda que “talvez o próprio Calvino o derivou principalmente dos escritos de Agostinho,” mas rapidamente acrescenta que “Agostinho obteve suas opiniões, sem dúvida, através do Espírito de Deus, do estudo diligente dos escritos de Paulo, e Paulo os recebeu do Espírito Santo, de Jesus Cristo.”[7] O próprio Calvino também declarou: “Agostinho está tão ligado a mim, que se eu quisesse escrever uma confissão de minha fé, eu poderia assim fazer com toda a plenitude e satisfação a mim mesmo de seus escritos.”[8] Alguns calvinistas têm até preferido o termo Agostinianismo a Calvinismo.[9]
Agostinho e Calvino são, aos olhos dos calvinistas, os mais importantes teólogos:
Estes dois homens extraordinariamente talentosos se elevam como pirâmides sobre o cenário da história.[10]
Calvino e Agostinho facilmente figuram como os dois notáveis expositores sistemáticos do sistema cristão desde São Paulo.[11]
Os dois teólogos mais sistemáticos da Cristandade.[12]
Até os batistas, procurando apoio para o seu Calvinismo, citam Agostinho e Calvino como “grandes teólogos.”[13]
O único problema com os homens que corretamente traçam o Calvinismo a Agostinho é que, uma vez agindo dessa forma, eles dizem: “o Agostinianismo é apenas uma expressão dogmática da religião em sua pureza.”[14] Good até sustenta que “a fé bíblica, que tem sido comumente aceita mas nunca formalmente organizada, finalmente encontrou expressão teológica em Agostinho.”[15] Então voltamos ao lugar de onde começamos: o Calvinismo, se chamado “Agostinianismo” ou algum outro termo, é o Cristianismo bíblico. Por essa razão, um exame de Agostinho e seu sistema são necessários antes de partirmos para João Calvino.
João Calvino foi parte de uma longa linha de pensadores que basearam sua doutrina da predestinação na interpretação agostiniana de São Paulo.[1]
Dificilmente há uma doutrina de Calvino que não carrega as marcas da influência de Agostinho.[2]
Os principais destaques da teologia de Calvino são encontrados nos escritos de Santo Agostinho de tal modo que muitos teólogos consideram o Calvinismo como uma forma mais bem desenvolvida do Agostinianismo.[3]
O sistema de doutrina ensinado por Calvino é apenas o Agostinianismo comum a todos os reformadores.[4]
Historiadores seculares como Will Durant (1885-1981) falam do mesmo modo: “Calvino baseou sua insensível doutrina nas teorias de eleitos e reprovados de Agostinho.”[5] O batista Good admite que “Agostinho pode ser considerado como o pai do sistema soteriológico que agora responde pelo nome de ‘Calvinismo.’”[6] Spurgeon concorda que “talvez o próprio Calvino o derivou principalmente dos escritos de Agostinho,” mas rapidamente acrescenta que “Agostinho obteve suas opiniões, sem dúvida, através do Espírito de Deus, do estudo diligente dos escritos de Paulo, e Paulo os recebeu do Espírito Santo, de Jesus Cristo.”[7] O próprio Calvino também declarou: “Agostinho está tão ligado a mim, que se eu quisesse escrever uma confissão de minha fé, eu poderia assim fazer com toda a plenitude e satisfação a mim mesmo de seus escritos.”[8] Alguns calvinistas têm até preferido o termo Agostinianismo a Calvinismo.[9]
Agostinho e Calvino são, aos olhos dos calvinistas, os mais importantes teólogos:
Estes dois homens extraordinariamente talentosos se elevam como pirâmides sobre o cenário da história.[10]
Calvino e Agostinho facilmente figuram como os dois notáveis expositores sistemáticos do sistema cristão desde São Paulo.[11]
Os dois teólogos mais sistemáticos da Cristandade.[12]
Até os batistas, procurando apoio para o seu Calvinismo, citam Agostinho e Calvino como “grandes teólogos.”[13]
O único problema com os homens que corretamente traçam o Calvinismo a Agostinho é que, uma vez agindo dessa forma, eles dizem: “o Agostinianismo é apenas uma expressão dogmática da religião em sua pureza.”[14] Good até sustenta que “a fé bíblica, que tem sido comumente aceita mas nunca formalmente organizada, finalmente encontrou expressão teológica em Agostinho.”[15] Então voltamos ao lugar de onde começamos: o Calvinismo, se chamado “Agostinianismo” ou algum outro termo, é o Cristianismo bíblico. Por essa razão, um exame de Agostinho e seu sistema são necessários antes de partirmos para João Calvino.
[1] Richard A. Muller, Christ and the Decree (Grand Rapids: Baker Book House, 1988), p. 22.
[2] Alvin L. Baker, Berkouwer’s Doctrine of Election: Balance or Imbalance? (Phillipsburg: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1981), p. 25.
[3] Singer, p. vii.
[4] Warfield, Calvin, p. 22.
[5] Will Durant, The Age of Faith (New York: Simon and Schuster, 1950), p. 74.
[6] Good, Calvinists, p. 49.
[7] Charles H. Spurgeon, ed., Exposition of the Doctrines of Grace (Pasadena: Pilgrim Publications, n.d.), p. 298.
[8] João Calvino, “A Treatise on the Eternal Predestination of God,” trad. Henry Cole, em João Calvino, Calvin’s Calvinism (Grand Rapids: Reformed Free Publishing Association, 1987), p. 38.
[9] Kuyper, p. 13.
[10] Warfield, Calvin, p. v.
[11] Boettner, Predestination, p. 405.
[12] Shedd, Calvinism, p. xi.
[13] Mason, p. 2.
[14] Warfield, Calvin, p. 323.
[15] Good, Calvinism, p. 50.
Fonte: http://www.arminianismo.com/
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