sexta-feira, 13 de abril de 2012

O AMOR QUE RESSUSCITA!

Falar que a ressurreição de Jesus demonstra o seu poder sobre a morte é lugar comum! É óbvio e até mais fácil falar. Mas existem algumas sutilezas no episódio que me surpreendem.


Jesus não usou a ressurreição como espetáculo para conseguir adeptos. Ele poderia ter se ocupado na implantação em massa do seu reino. O Jesus ressurreto iria ganhar o mundo. Mas não! Quando ressuscita, Jesus aparece a alguns amigos em suas casas, na praia, no jardim, na estrada para Emaús. Curioso isso! Jesus não aparece na praça ou na sinagoga. Para alguns televangelistas, Jesus perdeu A oportunidade de ganhar a guerra entre as religiões! Mas o Jesus ressurreto não quer ser sensacionalista, não quer usar a ressurreição como argumento incontestável e irresistível.

O Jesus ressurreto não está preocupado com uma agenda para ganhar o mundo, ele está interessado no indivíduo, mesmo que isso lhe custe o anúncio que sua ressurreição foi uma fraude. Jesus não estava preocupado se as pessoas iriam crer que ele ressuscitou ou não. Se fosse assim, ele teria tido alguns cuidados! Mesmo que isso favoreça o anúncio dos soldados de que seu corpo havia sido roubado, não interessa: Jesus ressuscita para cuidar dos seus amigos. E a partir de então, o anúncio da ressurreição vai depender do testemunho desses anônimos. Arriscado!

Penso que uma grande marca que ficou no coração daqueles discípulos não foi “como ele é poderoso!”, mas “como ele nos ama!”. Quando o Jesus ressurreto escolhe aparecer aos amigos, ao invés de se manifestar ao mundo, Jesus ressuscita os sonhos dos discípulos, ressuscita a esperança, ressuscita a fé, ressuscita a dignidade e a estima.

Em toda a sua vida Jesus foi discreto; do nascimento à entrada triunfal; nas suas curas e milagres, da morte à ressurreição. “Mesmo sendo Deus, não teve por usurpação o ser igual a Deus, mas antes se esvaziou de si mesmo” (Filpenses 2). Em nenhum momento Jesus foi movido por poder, mas sempre por amor.

E sua biografia termina assim: Jesus ressuscita para amar, e esse amor pode ressuscitar aquilo que está mais adormecido em nós!

Naquele que amou até o fim,

Márcio Cardoso


Vi no http://marciocardosobr.blogspot.com.br/2012/04/o-amor-que-ressuscita.html

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