sábado, 24 de março de 2012

Quando

Quando eu me converti a Cristo, me sentia um lixo diante da visível santidade (segundo o que eu compreendia a respeito disso) de meus companheiros. Era como se houvesse uma percepção de que eu não era digno de fazer parte daquele grupo. A paciência de meus mestres (amigos de verdade) foi não apenas em ensinar princípios, mas principalmente em reafirmar o quanto Deus tem um gosto estranho e duvidoso por aqueles que “não são”.


Os anos se passaram e aprendi a admirar grandes homens de Deus. Ou quase. A comparação com a minha própria vida era inevitável e eu continuava me sentindo a escória da humanidade. Então o tempo acabou revelando que uma grande parte dos grandes homens que admirei sustentavam apenas uma aparência moralmente respeitável.


Neste meio termo passei a meditar sobre a necessidade de ser autêntico e transparente mesmo que isto represente ser uma porcaria longe do padrão de Deus. Por pior que sejamos, quando há sinceridade, Deus interfere e forja nosso novo caráter na chama dolorosa de seu amor. É, o amor dói.


17 anos se passaram. Altos e baixos de montão na minha “carreira”. Alguns baixos foram tão profundos que ainda tenho medo de dormir com a luz apagada. Mas uma coisa posso afirmar com toda a certeza: sou uma porcaria em constante manutenção. Ainda que me arrastando, estou caminhando PRA FRENTE. E por isso não tenho saudades de “QUANDO” nenhum do meu passado.


Vi no http://www.ariovaldo.com.br/2012/quando/

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