sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Contar os dias e celebrar a vida!




É sempre o mesmo sentimento: noutro dia começávamos o ano, ele parecia longo, tanto por fazer, tanto tempo pela frente e, agora, já passou. O tempo passa muito rapidamente, nós voamos com ele. O tempo passou e fizemos muitas coisas das quais nos orgulhamos e, certamente, muitas outras pelas quais nos arrependemos. O fato é que o que passou é imutável, não é possível alterar absolutamente nada. Mas é possível se apropriar desse passado para, como matéria prima, usá-lo para um futuro melhor. É importante olhar para o passado para aprender com ele. Talvez essa seja a única forma de realmente saber apreciar melhor a vida e o ano que começa daqui a pouco.


Aprendi com Ricardo Gondim que o tempo foge, que devo saborear os anos como o menino que saboreia as últimas jabuticabas de uma bacia, uma de cada vez, lentamente, apreciando cada uma. Quanto mais velhos ficamos, mais vamos dando valor ao tempo, porque ele vai escasseando, vai ficando, portanto, mais precioso. Daí porque temos que ter reverência pela vida e pelo tempo.


“Ensina-me a contar os meus dias, de modo que eu alcance um coração sábio”, foi a oração de um poeta bíblico. Contar os dias com sabedoria, não desperdiçá-los de maneira tola, mas, com inteligência, aproveitá-los ao máximo. Seguem alguns palpites para isso. Repito, são apenas palpites.


Não espere que chegue o dia em que finalmente você vai ser feliz. A felicidade é fugidia, são momentos, muitos deles pequenos, em que você a experimenta. Não espere que um emprego, um casamento, uma viagem, uma faculdade, farão você feliz. O que vai determinar se você vai ser feliz mesmo é o modo como você vai trabalhar nesse emprego, a disposição que você vai ter para uma vida compartilhada pelo casamento, o espírito com que você vai curtir a viagem, por exemplo.


Valorize pessoas mais do que coisas. No fim, serão pessoas que estarão ao seu lado quando você precisar. Ou não. Quem sempre valoriza coisas em detrimento de pessoas, corre o sério risco de ficar sozinho com suas coisas.


Seja mais indulgente com as pessoas, elas não são perfeitas. Assim como você, todas são imperfeitas, falhas, incoerentes. Mas é preciso amá-las assim mesmo, porque você precisa ser amado também. Não tenha expectativas mirabolantes, irrealizáveis, você vai acabar frustrado. Não cobre tanto das pessoas, do mundo e de você. Aceite o fato de que você é humano, e, portanto, inacabado e imperfeito. Assuma sua humanidade e seja autêntico.


Não perca a esperança. O amargo que você pode ter provado no tempo que passou não tira a capacidade do seu paladar de sentir o doce novamente. Por mais dolorosas que tenham sido as lágrimas que você derramou no ano que vai embora, há a possibilidade do riso feliz no ano que começa. Por maiores que tenham sido as frustrações, um novo tempo sempre é a possibilidade de novas realizações, novos sentimentos, uma nova postura diante da vida.


Celebre a vida sempre, celebre os pequenos momentos com as pessoas que você ama. Celebre o tempo que passou e o que está por vir.


Celebremos 2012.


Márcio Rosa da Silva


Vi no http://marciorosa.wordpress.com/2011/12/30/contar-os-dias-e-celebrar-a-vida/

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