Uma das coisas mais desagradáveis que sou obrigado a conviver no convívio com “pastores”, é a hipocrisia doutrinária comparativa. Líderes de ministérios estão todo o tempo fazendo comparações. Desde o número de “membros” em uma determinada congregação, passando pelas estratégias que oferecem resultados, pelas análises pseudo intelectuais de suas fundamentações teológicas e, finalmente, com a arrecadação nos gasofilácios. É sempre assim. Escolhem como critério de comparação aquilo que julgam serem melhores que os demais. Ninguém jamais quer ser comparado em um quesito que seja um ponto fraco de seu ministério/igreja.
Nesta fúria estúpida por desejar ser melhor que outros, uma das coisas que mais me ofende são os pastores retrucadores. Aqueles que sempre tem alguma coisa a acrescentar… e adoram citar textos gringos para sustentar seus pontos de vista. Temos uma geração falida em vários quesitos… e que encontrou no estilo de ser “cabeção”, a maneira de ser idolatrada por suas ovelhas. É uma pena que ficar calado é uma das coisas que o “amplo conhecimento” não ensina a nenhum pastor. Uma geração de pessoas hipócritas e louca para dar respostas a todas as coisas (como se isso fosse possível). E além de tudo, uma geração idólatra, que coloca pessoas de ministérios distantes como “grandes”, enquanto ignora completamente as virtudes e acertos de seus compatriotas; talvez por os considerar como concorrência.
De métodos as igrejas também estão fartas. Já sabemos até como xingar com propósito, apostolicamente ou em células. Mas tudo isto não foi capaz de produzir a tal revolução que arde no coração dos verdadeiros filhos de Deus. Um pastor que se considera treinado, preparado ou cheio de métodos e experiência, deve necessariamente ser desqualificado do serviço. Este já possui seu coração corrompido pela soberba. Não dá pra ignorar que Jesus escolheu para seus discípulos exatamete o tipo de gente que jamais escolheríamos para líderes. Jesus errou? Somos nós melhores?
Pastores, líderes, ministérios e pessoas… todos devem se apresentar de maneira transparente. Precisamos ser inspiradores mas também autênticos. Somos altamente capazes de falar sobre a glória de Deus… mas de que adianta apenas falar? Deveríamos nos revirar do avesso, mostrando nossas angústias, dificuldades, sofrimentos, medos… e TAMBÉM nossa única esperança. Devemos jogar a imagem do pastor e do super-crente no lixo. Por que o mundo jamais precisou de tais pessoas. O mundo precisa de pessoas de verdade, especialistas em chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. Pessoas que apesar de todo o sofrimento e dificuldade, são os primeiros a por mão no bolso em favor do desconhecido que passa por necessidade.
A luz do evangelho brilha muito mais em pessoas reais.
Aqueles que olham para pessoas e enxergam como elas realmente são.
E que consideram a todos superiores a si mesmos. Pela fé!
Ariovaldo.com.br
Vi no http://solomon1.com/a/
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