quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pós-Calvinismo: 3. Consequências


Scot Mcknight



Estou expressando em uma série de mensagens como “eu mudei de opinião” sobre o Calvinismo e adotei uma visão mais arminiana de se ou não o cristão pode lançar fora a redenção.




Esta jornada passou pelo livro de Hebreus, onde eu sugeri que podemos encontrar quatro elementos para cada Passagem de Advertência. Hoje eu quero analisar brevemente o quarto elemento, as consequências. Bem poucos discordarão disto, espero.



O primeiro comentário está em Hb 2.3: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” A resposta subentendida é “Não escaparemos”.



Aqui estão outras para considerarmos:



3.11: Não entrarão no meu descanso.

6.4-6: É impossível outra vez renová-los para arrependimento (cf. 12.16-17).

10.26: Já não resta sacrifício pelos pecados.

10.27: Pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.

10.28: Sem misericórdia morre.

10.30-31: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

10.39: Perdição.



Se aceitarmos a proposta que as Passagens de Advertências estão lidando com os mesmos sujeitos, etc., então podemos sintetizar esta evidência nesta conclusão: o autor de Hebreus alerta um grupo específico de pessoas sobre algum pecado e dizem a elas que se cometerem esse pecado, elas se encontrarão fora da companhia de Deus. Eles serão despojados.



Não vamos dizer o que o texto diz: aqui está uma advertência extrema sobre as terríveis consequências na eternidade.



Há bastante espaço aqui para debate teológico: o que Hebreus diz é consistente tanto com a visão tradicional/ortodoxa da eterna separação de Deus assim como com as mais recentes visões de alguns evangélicos britânicos sobre o Aniquilacionismo. Quanto a isso, estou certo que meus amigos teológicos católicos romanos me dirão que é também consistente com o purgatório. Vamos deixar isso para lá por agora (algum dia, no entanto). A advertência de Hebreus é extrema. Não se trata de uma ruptura de comunhão, mas do “grande abismo”.



Amanhã, escreverei sobre a exortação dada pelo autor à sua audiência.



Tradução: Paulo Cesar Antunes



Vi no http://www.arminianismo.com/

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