segunda-feira, 28 de março de 2011

Ufanistas assembleianos morrem doentes pensando que estavam bem de saúde!

As Assembleias de Deus vão completar o seu centenário neste ano. É uma data muito especial. Mas é preocupante como parte da liderança encara a história da denominação com ufanismo. O ufanista é aquele que se orgulha ou se regozija excessivamente de algo. Infelizmente, muitos pelo aniversário esqueceram do senso crítico, que é sempre saudável.




Ouvir a pregação de alguns pastores das Assembleias de Deus é ter a impressão que você congrega na melhor denominação do mundo. Uma igreja sem problemas. Mas como assembleiano não posso ser sincero e ao mesmo tempo falar que a denominação está bem. Não, a denominação está doente. E há inúmeros sinais dessa grave enfermidade. Só não enxerga quem não quer ver! Exemplos? Vamos lá:



1. Briga por poder. É o principal sintoma. A denominação há muito tempo está dividida pelas disputas de poder. Desde os primódios havia graves divergências entre missionários estrangeiros e pastores brasileiros. Mas é visível que a questão divisional estava ligada mais por questões de “ideologia” do que fome por poder. Hoje não, a questão é poder, poder, poder e mais poder.



2. Pregações superficiais. Hoje os assembleianos estudam mais, é fato. Mas ainda é raro encontrar um pastor com ensino e pregação profunda. Se você acompanha somente alguns pastores assembleianos de blogs terá uma boa impressão que não reflete a realidade nacional, infelizmente! Os pregadores que respeitam o texto bíblico, com boa interpretação, é exceção à regra.



3. O mito da piedade. Os “espirituais” dirão que os pastores assembleianos são pouco instruídos mas com vida devocional exemplar. É aquele velho papo do coitadismo que tenta justificar a preguiça intelectual. Conversa para boi dormir! Além disso, essa piedade mais elevada é um baita mito. As igrejas assembleianas hoje não oram mais do que as demais. Talvez até orem menos.



4. Herança pentecostal diluída. Na maioria das igrejas, o assembleiano só estuda Atos 2 ou I Co 12-14 nas escolas dominicais. Textos importantes para o entendimento da doutrina pentecostal são normalmente desprezados nos sermões dominicais. Aliás, os cultos de domingo estão completamente recheados com músicas e pregações daquela autoajuda mais boba. Resumindo: São igrejas pentecostais que não pregam suas doutrinas. E no outro extremo há o ridículo “reteté”. Quem aceita essas bizarrices precisa rasgar I Co 14 da Bíblia.



5. Política. Qual é a teologia pública dos assembleianos? Nenhuma. O candidato é apoiado para conseguir concessão de rádio e TV. Alguns dizem defender a moralidade, mas vivem sujos em escândalos e apoiam partidos e políticos de fichas nada limpas. Qual é o objetivo de um político senão promover a boa gestão pública para todos?



6. Legalismo. É evidente que o legalismo perdeu força nas Assembleias de Deus, mas em igrejas periféricas e interioranas o legalismo ainda mostra a sua força. Em algumas congregações ainda existem disciplinas por calça feminina, maquiagem, futebol e até televisão.



Conheci uma irmã de Mato Grosso que fazia mestrado em pedagogia e precisava assistir alguns vídeos. Ela então pediu autorização do pastor para colocar a “caixa do diabo” em casa. Sabe o mais irônico? O pai dessa irmã é pastor da Assembleia de Deus em Goiás e na igreja dele não há nenhuma restrição para mídias e adornos femininos.



Certo dia, a esposa desse pastor assembleiano foi tomar ceia no outro Estado mais legalista onde congregava sua enteada. Ela foi bem vestida com seus brincos e maquiagem leve, mas o diácono passou direto. O pastor chamou atenção daquele diácono e disse: “A minha esposa não pegou o pão”. O diácono respondeu: “Mas ela não está com trejeito de crente”. E saiu. O diácono serviu a filha com “trejeito santo”, o pai pastor de terno e gravata, mas deixou sem pão a madrasta “mundana”.



Essa história ainda não completou meia década!



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Esses são apenas alguns pontos. Podemos apontar vários outros. É claro que devemos comemorar os 100 anos da igreja que mais ajudou a evangelizar o Brasil. Mas não podemos achar que estamos no mar de rosas. A realidade é cruel.
 
 
Gutierres Siqueira
 
 
Vi no http://www.teologiapentecostal.blogspot.com/
 
 

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