Por Hermes C. Fernandes
Enquanto conversávamos, lembrei-me de que nós mesmos usamos termos muito pesados para referir-nos àqueles que não professam a nossa fé, entre os quais, destacam-se “ímpios” e “incrédulos”. Como deve sentir-se um não cristão quando chamado de ímpio? O que é um ímpio, senão aquele que pratica a impiedade? Poderíamos afirmar que todo não cristão é um ímpio? Alguém que vive de maneira ilibada, bom chefe de família, cidadão considerado exemplar, deveria ser chamado assim?
E quanto ao termo “incrédulo”? Por definição, incrédulo é todo aquele que não professa crença alguma. Logo, não cabe em qualquer um que não seja cristão. Um muçulmano não é um incrédulo. Tão pouco um espírita kardecista, ou budista. Todos professam alguma crença, nem que seja na própria ciência.
Talvez o termo que melhor se adeque seja “pecador”. Porém, este termo não deve distinguir cristãos de não cristãos; todos somos igualmente pecadores.
Que tal se deixássemos de rotular as pessoas, e começássemos a tratá-las da maneira como Jesus as trataria? Talvez assim elas se abrissem mais à mensagem do Evangelho.
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