terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2011 entre coração, palavras, talentos e ações




Eu poderia falar coisas usuais das datas como esta que estamos vivendo. Usar a “copiatividade” e escrever em outras línguas, usar vocabulário rebuscado ou versátil e assim por diante.






Neste caminho de desejar felicitações, alguns consideram que basta dominar o vocabulário, o que é uma questão de inteligência, que por sinal todos a possuem e podem desenvolvê-la. Deter o vocabulário é uma coisa, mas saber aplicá-lo requer sabedoria. Nisto um ou outro se destaca. Agora, harmonizar coração e palavras é distinguir e destacar o talento e as pessoas e fazer brotar os aplausos e as alegrias.





Alguns sabem harmonizar com tal habilidade que se tornam excelentes oradores, outros poetas. Há ainda os historiadores, os jornalistas, os piadistas... Nesta hora se definem os afetos, a alma e a mágica de expressar-se como se é colaborando com a beleza do mundo.





Interessante que muitos não se conformam com seu próprio jeito de expressar-se e querem ser outro com outro dom. Lastimável. Temos histórias ruins, músicas horrorosas, poesias insossas e...

Bom seria se para este ano aprendêssemos a combinar as palavras. Harmonizá-las com o coração, com o talento e com o amor.

Conheço poetas que ao declamarem suas próprias poesias, destroem suas belas obras como um elefante numa loja de cristal. Tanta sensibilidade em compor, e tão pouca em expor. Vejo oradores hábeis em fazer das palavras um Mikhail Barichnikov e de um texto qualquer um Quebra-Nozes, difamarem sua própria maestria ao tentarem compor, por insistirem-se capazes de transformar suas duras canetas em plumas. Compositores que ao cantarem deformaram as mais belas canções. Virtuoses perdidas na confusa desarmonia entre coração e talento. Entre desejo e realidade.





Consciência, espelho retrovisor, reconhecimento. Esta é minha recomendação para este ano.

Para mim mesmo. Buscarei aprender a combinar as palavras para que ao expressá-las do meu jeito, construa um mundo mais brilhante.

Revelo que gostaria muito saber tocar piano. Conheço a escala, sei ler música, não há dificuldade em discernir as notas, mas combiná-las... Tirá-las da categoria de matemática e combiná-las com a alma a ponto de formar um som que desperta o coração – acordes – está para além daquilo que meu talento me reservou.





Escrevo tudo isto apenas como metáfora para a vida. Felicidade não acontece pelas palavras somente, mas na concretude delas. Por isso, no fundo não falo de palavras, mas sim de ações. Combinar ações de tal maneira, que desperte o coração, que revele e desenvolva o amor. Nesta área, todos podem, mas cada qual combine de seu jeito, com suas habilidades próprias. Desta forma faremos da vida uma bela composição, o mais belo poema que já existiu.





Procure-se até encontrar-se. Encontre-se e desperte-se para os seus talentos para com eles expressar-se com o perfume que lhe é próprio, concedido pelo Criador.

Com certeza o próximo ano será outro.





Feliz 2011.





Eliel Batista
 
 
 
 
Vi no http://www.elielbatista.com/
 


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