quarta-feira, 2 de novembro de 2011

E se o inferno não existisse?

Essa é uma pergunta que, vez por outra, assalta minha consciência. Ela me faz pensar na base que sustenta minha relação com Deus.



Às vezes, porque freqüentamos igrejas, temos exemplares da Bíblia, somos voluntários no trabalho de uma comunidade local e nos agradamos dos ambientes cristãos, corremos o risco de viver uma espiritualidade pautada na rotina.


Outro risco, entretanto, que precisa ser alvo de nosso cuidado é o de pautarmos nossa relação com Deus no medo. Algumas décadas atrás, gerações de cristãos foram formadas com a idéia de que Deus era um ser austero, punidor, pronto para flagrar nossos erros e nos castigar com a condenação eterna. O julgamento vindouro, a ira divina, bem como sua justiça são realidades irrefutáveis, de acordo com a Bíblia. Contudo, o medo do inferno tem feito com que muitas pessoas estabeleçam uma "relação" com o Criador tão somente por não desejarem passar a eternidade em um lugar de dor e sofrimento.


A pergunta, portanto, que nos cabe é a seguinte: Se o inferno não existisse, ainda assim amaríamos nosso Deus. Se o inferno não existisse, ainda assim buscaríamos viver em santidade? Teríamos prazer em guardar os mandamentos divinos, caso a condenação fosse apenas uma estória? Evitaríamos o pecado? Sufocaríamos a carne?


As respostas a tais perguntas têm muito a dizer sobre nossa espiritualidade. Assim como nenhuma relação construída entre os homens é saudável, caso se estabeleça com base no medo, nenhuma relação com o Filho do Homem pode ser benéfica, caso a mesma seja sustentada pelo temor do inferno.


Quem sustenta sua fé no pavor pelas trevas precisa descobrir a mais perfeita base para se construir uma relação com o Criador: a infindável beleza do seu caráter.


Alguém, certa vez, afirmou: “Deus, ainda que o inferno fosse uma farsa, e a condenação eterna igualmente irreal; mesmo assim dedicaria todos os dias de minha vida ao Senhor”. Esse é o nosso desafio; construir com o Senhor da história uma relação pautada em nenhuma outra coisa, senão no prazer e na alegria de viver fazendo valer sua vontade, como resposta ao imenso amor demonstrado no calvário!


Por Daniel Guanaes


Vi no http://feverdadeiramundoreal.blogspot.com/2011/10/e-se-o-inferno-nao-existisse.html

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